Uma música de Lou Reed tocava quando a campainha tocou. A rapariga foi à porta e deixou o convidado entrar.
-Boa tarde Lúcia!
-Olá Pedro, entra!
O rapaz entrou na casa, um pouco envergonhado.
Eram da mesma turma mas ainda não se conheciam bem, e agora a professora de Física Química tinha-os juntado para um trabalho.
-Eia, Lou Reed! Gosto mesmo desta música! - exlamou ele.
-Lou Reed, aqui em casa, é o patrão. O meu pai faz-me ouvi-lo desde pequena.
O pai entrou no quarto, sorridente:
-Alguém falou em Lou Reed?
-Pai, este é Pedro, o meu colega de turma, toca nos Musty Joe...
-Ah, a melhor banda da cidade...A minha filha contou-me algumas coisas sobre vocês...
-Contou-lhe que vamos dar um concerto ao ar livre daqui a duas semanas? - revelou Pedro com um sorriso.
-Ai, isso é que já não! Oh, bolas, a duas semanas já não há bilhete que se arranje... - disse em jeito de brincadeira.
-A Lúcia pode ir? Ela é nova aqui na zona não é? Nós depois levavamo-la a conhecer a cidade.
-Bem, não sei...Façam o vosso trabalho que ao lanche falamos nisso!
Era difícil pensar em matéria bafienta quando há um tema tão apelativo como a música. Mas após uns "desvios", gargalhadas e interrupções, o trabalho foi acabado, os dois davam-se muito bem e nem reparavam nisso, porque parecia que se conheciam há anos.
-Ah, já não me ria assim há... - Pedro perdeu-se em pensamentos. - Ultimamente tenho vivido de uma maneira...
-Exagerada... - constatou a rapariga.
Ela bem o via, as aulas em que ele adormecia, ou vinha com os olhos vermelhor, a rir que nem um doido sem aparente razão. Não que fosse só ele a aparecer assim, mas dava para notar nele uma razão bem mais profunda que a de se mostrar forte.
Veio quebrar o silêncio o pai de Lúcia, com o seu constante bom humor:
-Aposto em como o Pedro nunca provou um bolo tão bom como o meu, hã Pedro?
Durante o lanche era inevitável não rir com as piadas do Sr.Sauvage (os pais de Lúcia eram franceses), sem esquecer que o bolo estava mesmo uma delícia.
No final da tarde, Pedro já se sentia em casa, e custava-lhe ter que se ir embora.
-Bem, a minha mãe já deve estar preocupada...O melhor é voltar...
-É pena teres que ir, mas lá isso deve ser verdade, já é tarde.
Oh, se era assim! A mãe lá se preocuparia com alguém senão ela! Lá ela queria saber onde andava o filho! O filho que para mal dos seus males, lhe lembrava o pai, de quem ela nunca gostara.
A casa dele era a uns 5 quarteirões dali, e Lúcia pôs Pedro à vontade, sempre que quisesse voltar, a porta estaria aberta.
Talvez voltasse, para refugiar-se no conforto de uma família que não a sua, da sua nova amiga.
À parte: acho que inventei palavras e expressões...
Ainda mais à parte: espero que tenham tido um bom 14 de février (não sei se é assim que se escreve, ahah)
Tão à parte que nem sei porque escrevo: OBRIGADA CÓPIAS DE SEGURANÇA, SALVARAM-ME O DIA! *.*
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