Ora bem, este prémio foi-me atribuído pela pessoa que desabafa, e agradeço-lhe muito, não só pelo prémio mas também por seguir o meu rudimentar "The Tale". Obrigada!
E agora estendo a carpete vermelha a mais 5 pessoas (que consequentemente também deverão fazer o mesmo):
- Té
Escrevem muito bem, têm sentido de humor, expoem a sua opinião, no fundo, aquilo que define um bom blog, um blog que vale a pena ler!
Agora cá vou eu avisá-los, fim de bom 25!
p.s.: tirava 3 a informática, é preciso dar o desconto a esta pobre leiga que não sabe nada de hiperligações e afins!
Bem, Pedro não sabia cozinhar. Não sabia mesmo cozinhar.
O jantar foi um desastre, mas um desastre hilariante, com legumes espalhados, um frasco de pimente estilhaçado no chão (Pedro queria pôr mas Lúcia não achou lá grande ideia e puxão aqui, puxão ali, estava o frasco no chão), cascas de ovo aqui e ali (após muitas, muitas, muitas tentativas, o guitarrista aprendeu a parti-los e inclusivé a separar a gema da clara), ou seja, um cenário um tanto quanto nojento!
- Ao menos fizemos uma sobremesa com bom aspecto! - disse a rapariga, sorrindo orgulhosa para a taça que Pedro punha à mesa.
Sentaram-se no sofá, inconscientemente bem perto um do outro.
- Espera, tens uma coisa na bochecha - murmurou Pedro, aproximando-se ainda mais dela.
As caras juntavam-se, os narizes quase se tocavam, as respirações misturavam-se quando...
Ding Dong!
- Pizza 4 Queijos para o Sr.Batista. - ouviu-se lá fora.
Que susto! Lúcia enterrou-se no sofá, corada até à raíz dos cabelos, e Pedro, com o coração acelerado da surpresa, levantou-se e foi abrir a porta ao "emplastro". O senhor deve ter ficado admirado com a recepção. Ele estava tão vermelho, tão vermelho, que pôs uma nota na mão dele, tirou-lhe a pizza e rapidamente fechou a porta.
Os jovens entreolharam-se, ainda encavacados, e desataram a rir.
- Que mau! - disse ela entre risadas. - Fechaste-lhe a porta na cara!
- Foi sem querer, ahah, quer dizer, ele chega aqui, mesmo no mau momento, que inoportuno!
- Inoportuno numa parte, porque eu já estava cá com uma fome!
Caixa vazia para o lado, e uns quantos minutos depois, passavam para o doce, que receavam provar.
- Prova tu Pedro, foste tu que fizeste!
- Não não, prova tu Lu, é melhor!
- Logo a seguir a ti!
- Bem, não deve estar assim tão mau, penso eu...
Leva uma colherada à boca, e faz uma careta, murmurando:
- Açúcar. Não. Pus. Açúcar. - disse ele, debilmente, provocando gargalhadas da parte da amiga. Nunca antes tinha reparado no seu riso, tão fresco e sincero. E nos seus olhos, até eles pareciam rir. Porque é que agora lhe pareciam tão brlhantes, no seu azul profundo? Pedro sentiu na barriga aquilo que pareciam dois cubos de gelo a cair. Nervoso? Estaria ele nervoso? Ele, que tinha as raparigas a seus pés, amolecia agora com as risadas cristalinas de uma delas? "Não.", pensou ele, !Não é uma delas, é isso que a distingue. Ela é diferente."
- Pedro? Pedro?? Não me digas que estás a entrar em congestão? Alô?
- Ahah, não! 'Bora jogar PES?
- O quê? PES? Eu não sei jogar isso!!
- Vem, eu mostro-te como é!
E ao encaminhá-la para o quarto, sentiu no ar um cheiro frutado de limões e amêndoas.
*
isto-não-faz-parte-da-história
Acho que exagerei na "remelice", mas ei, se já viram Música e Letra, devem concordar comigo: é possível haver pior que isto!
Eu sei que não há muita gente a ler a história, mas gostava mesmo que quem está a ler comentasse e desse a sua opinião, boa ou má, não interessa! E se imaginam a continuação, têm ideias ou algo do género, partilhem ;D
Era sábado, faltava uma semana para o concerto, e os Musty Joe estavam na garagem do baterista, Bastos.
Mesmo com o que se tinha sucedido, Pedro pediu segredo a Lúcia, e convidou-a a assistir ao ensaio.
-Bem, já conheces o Bastos, o Marco e o Timas. E este é o nosso guitarrista, o Artur. Artur, esta é a Lúcia!
Um rapaz de cabelo comprido e olhos verdes aproximou-se para a cumprimentar. Tinha um lenço vermelho na cabeça (tipo à Rambo), o que lhe dava um ar extremamente cómico. Aliás, toda a banda era engraçada, gozavam uns com os outros e divertiam-se com piadas que só eles percebiam.
Entrou na divisão uma senhora idosa, carregando vagarosamente um tabuleiro com limonada e sandes.
-Boa tarde senhora Natércia! - gritaram em coro.
-E claro que se conheces os Musty Joe, tens que conhecer obrigatoriamente a Dona Natércia, a avó do Bastos!
-Faz os melhores petiscos e apoia 100% a nossa banda! - disse Timas.
-Sim, sim, a gente sabe a tua relação com os petiscos! Deves ter a solitária!
-Bem, começamos o ensaio ou quê? - perguntou Pedro, animado.
-'Bora!
-Baza!
O ensaio foi espectacular, até surpreendente. Lúcia tinha agora a noção do talento deles. Tinham algumas músicas originais, que iam treinando para um dia apresentar em concerto. O mais espantoso era ver a avózinha, a balançar a cabeça e a bater o ritmo com o pé, orgulhosa do neto, que vivia com ela desde os quatro anos. Os seus pais tinham-se separado e ele preferiu ficar com a avó, e sozinhos, eram como que uma só família.
Depois do lanche delicioso, com limonada fresquinha e caseira (curiosamente esvaziada logo a seguir à chegada de Timas à mesa), cada qual voltava para sua casa, com planos para a noite. O telemóvel de Pedro, com a característica música dos Nirvana, começou a tocar.
-Estou? Ah, Marta...Olá...Ya, tudo bem...Hmmm... - a rapariga perguntava onde ele ia sair nesse dia. - Eu? Hoje não vou sair, já tenho coisas combinadas... Vai, txau.
Do outro lado da linha, Marta arrancava os cabelos só de pensar que ele fosse estar com Lúcia.
Pedro encaminha-se para Lúcia, um pouco corado, e pergunta:
- Queres jantar comigo? Para te compensar da confusão de ontem...
- Oh, por mim tudo bem! Jantamos onde? (note-se que o "Oh" não é um oh de indiferença, mas um oh de rapariga-encantada-com-o-convite-de-rapaz)
- Bem, ãh...Eu estava a pensar sermos nós a fazer, em minha casa.
Entretanto punham-se a caminho para casa dele, falando nos pratos que poderiam tentar fazer.
- Uma vez experimentei fazer uma lasanha e até nem correu mal! Sabes cozinhar Pedro?
- Já vais ver.
*
parêntesis
bolas, já não postava alguma coisa há que tempos! no entanto, a história já vai mais avançada, foi mesmo falta de tempo para a passar para aqui (e falta de paciência, eheh).
também ainda não me esqueci que tenho um desafio a responder, quando tiver um tempinho livre juro que respondo!
bem, hora de vocês comentarem! (e sim Elefanta Aromática, podes corrigir!)
5 para a meia noite laranja haiti profes
café vagabundo música moda saldos autoca
domingo franz ferdinand preguiça
euromilhões música dinheiro paris whatev
música filme livro comida mulher mês gos
música the kills jamie hince alison moss
pedro cancro guitarra tale conto
tramp arriscar risk aventura mentira